Archive for the ‘ Eterna estrangeira ’ Category

La vita mia và via con te…

Live like horses

Meu Destino

Mas agora

que és a água em minha vertente,

és a polpa do meu pão,

és a sombra da minha gruta,

a resina do meu pinhal,

a asa do meu vôo esperto,

o fluído do meu manancial,

o alimento agrário da minha fome,

a transparência do meu cristal,

doce fruto recém-mordido

que de doce me fazia mal,

voz de regresso e de partida,

mel de corola  de roseiral,

senda, em que meus  pés se apressam

como no ímã o aço,

coração meu que em meu peito

talvez tivesse estado mal,

ponte entre Deus e a minha tristeza,

taça do céu sobre o mar,

pasto estrelado de lumes,

flor do pecado capital,

odor de sol e de caminho

num crepúsculo campestre

à sombra de um mangueiral,

fina antena que roçava,

punhal agudo que me matava,

ar, terra, canções, mar,

astros da noite azulada,

sobre o horizonte  tropical,

és caminho a seguir,

luz das estrelas a guiar,

e que além de conduzir

és a terra a que chegar…

 

08 janeiro 2006

 

Flutuar no abismo

Era tudo de espumas de fina luzdelgadas e leves
e te cruzam todos os beijos e te

molham os dias.

Meu gesto, minha ansiedade penduram do teu mirante.

Vaso de ressonâncias e de estrelas cativas.

Estou cansada:  todas as horas caem.   Morrem.

Caem, morrem os pássaros.

Caem, morrem as vidas.

Cansada, estou cansada. Vem,

Aninha-me, me faz vibrar.

Oh minha pobre ilusão, minha

guirlanda incendiada.

A  ansiedade cai, morre.  Cai,

morre o desejo.

Caem, morrem as chamas na noite infinita.

Flash das luzes, pomba de

penas rubras,

Livre-me  desta noite que

arrasa e aniquila.

Submerge-me em teu ninho de

vertigens e carícias.

Aninha-me, retenha-me.

Faz-me embriagar a sombra

florida de teus olhos,

nas quedas, nos triunfos, nos saltos da febre.

Ama-me, ama-me, ama-me.

Em  pé eu grito:  queira-me.

Quebro minha voz a gritar e faço

horas de fogo

na noite prenha de estrelas grávidas.

Quebro minha voz e grito. Homem,

ama-me, aninha-me.

Minha voz arde nos ventos, minha

voz que cai e morre.

Cansada. Estou cansada.  Foge.

Corre. Vibra.

Não aprisiones minha estéril cabeça

entre tuas mãos.

Que os chicotes do gelo me cruzem a testa.

Que minha inquietude se açoite nos

ventos atlânticos.

Foge.  Arreda.  Extingue.

Minha alma deve ser única.

Deve se microplaquetar, deve se crucificar,

rodar, verter-se, contaminar-se sozinha,

aberta à maré dos santos,

ardendo no ciclone das fúrias,

erguida entre os montes e os pássaros,

aniquilar-se, exterminar-se sozinha,

abandonada e única como um farol de espanto.

 

06 novembro 2005

 

 

 

 

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